Pesquisar este blog

quinta-feira, 29 de setembro de 2011

O Reino dos francos e o Império de Carlos Magno (Império Carolíngio)- Parte 1

O Império de Carlos Magno, também conhecido como o Império Carolíngio, , foi o momento de maior esplendor do Reino Franco (ocupava a região central da Europa). Este período ocorreu durante o reinado do imperador Carlos Magno (768 – 814).

Carlos Magno assumiu o trono em 768 e por suas realizações, é considerado o mais importante rei dos francos. Destacou-se por conquistas militares e pela organização administrativa implantada nos territórios sob seu domínio.

Para as conquistas militares, Carlos Magno organizou um exército forte, do qual faziam parte, além de seus soldados, os grandes proprietários de terras acompanhados de certo número de camponeses equipados para a guerra. Com esse exército, ele expandiu as fronteiras do reino, constituindo o Império Carolíngio.
Com uma política voltada para o expansionismo militar, Carlos Magno expandiu o império, além dos limites conquistados por seu pai, Pepino, o Breve. Conquistou a Saxônia, Lombardia, Baviera, e uma faixa do território da atual Espanha.
Nas regiões conquistadas, eram construídas fortalezas e igrejas em volta das quais organizaram-se vilas que, posteriormente, passaram a ser ligadas por estradas. Sendo cristão, Carlos Magno obrigava os povos conquistados a converterem-se ao cristianismo.
O governo de Carlos Magno não tinha uma sede fixa. Com sua corte, que se constituía basicamente de familiares, amigos, membros do clero e funcionários administrativos, viajava de um lugar para outro. As decisões políticas mais importantes, em geral, eram tomadas no palácio de Aix-la-Chapelle, no noroeste da atual França.
No ano 800, em Roma, na noite de Natal, Carlos Magno foi coroado imperador pelo papa Leão III. Com a coroação de Carlos Magno, a Igreja católica pretendia fazer reviver o Império Romano do Ocidente e, ao mesmo tempo, unificar a Europa sob o comando de um monarca cristão.
Embora as conquistas militares tenham sido significativas, foi nas áreas cultural, educacional e administrativa que o Império Carolíngio demonstrou grande avanço. Carlos Magno preocupou-se em preservar a cultura greco-romana, investiu na construção de escolas, criou um novo sistema monetário e estimulou o desenvolvimento das artes. Graças a estes avanços, o período ficou conhecido como o Renascimento Carolíngio. 
 Administração territorial 
Para facilitar a administração do vasto território, Carlos Magno criou um sistema bem eficiente. As regiões foram divididas em condados (administradas pelos condes). Para fiscalizar a atuação dos condes, foi criado o cargo de missi dominici. Estes funcionários eram os enviados do imperador para fiscalizar os territórios. Ou seja, eles deveriam verificar e avisar ao imperador sobre a cobrança dos impostos, aplicação das leis e etc.
Carlos Magno e a reforma educacional 
Carlos Magno tinha pouca instrução. Com idade avançada, aprendeu a ler e a escrever em latim. Valorizou o ensino, promovendo obras para a sua difusão em todo o império. Queria funcionários instruídos para ler os textos oficiais, que eram redigidos em latim.
O monge inglês Alcuíno foi o responsável pelo desenvolvimento do projeto escolar de Carlos Magno. A manutenção dos conhecimentos clássicos (gregos e romanos) tornou-se o objetivo principal desta reforma educacional. As escolas funcionavam junto aos mosteiros (escolas monacais), aos bispados (escolas catedrais) ou às cortes (escolas palatinas).
Estas escolas eram freqüentadas, sem distinção de tratamento, por meninos de famílias pobres e por filhos de nobres. Nelas eram ensinadas as sete artes liberais: aritmética, geometria, astronomia, música, gramática, retórica e dialética.

O Reino dos francos e o Império de Carlos Magno (Império Carolíngio)- Parte 2

Arte carolíngia 

A arte sofreu uma grande influência das culturas grega, romana e bizantina. Destacam-se a construção de palácios e igrejas. As iluminuras (livros pequenos com muitas ilustrações, com detalhes em dourado) e os relicários (recipientes decorados para guardar relíquias sagradas) também marcaram este período.
Enfraquecimento do império
Carlos Magno morreu em 814. Foi sucedido por seu filho, Luis, O Piedoso, que governou até 840. Os filhos de Luis disputaram, durante três anos, a sucessão do império. Em 843, pelo Tratado de Verdun, o Império Carolíngio foi dividido em três reinos distintos, cabendo a parte ocidental a Carlos, o Calvo; a parte oriental a Luis, o Germânico; e a parte central a Lotário.
O desmembramento do Império Carolíngio pôs fim à tentativa de unificação da Europa ocidental sob comando de um único monarca cristão.

 O Império Carolíngio hoje

O Império Carolíngio corresponde aos territórios de França, Bélgica, Holanda, Alemanha, Suíça, Áustria, Hungria, Eslováquia e República Tcheca, além de territórios do norte e centro da Itália, de parte da Espanha e do norte da península Balcânica.

sexta-feira, 9 de setembro de 2011

Atividades para os conteúdos "O Império Bizantino" e "O Mundo Árabe"

TRABALHO 1 - Elabore um quadro-síntese apresentando as características fundamentais do Império Bizantino (Fundação da Cidade, o Papel do imperador, a Igreja, a População, a Economia, a Cultura entre outros.).

TRABALHO 2 - Faça um quadro comparativo sobre o mundo islãmico entre o Cristianismo e o Islamismo.

CRISTIANISMO
ISLAMISMO

















TRABALHO 3 - Após assistir ao vídeo e ler aos textos responda: 

a. Há alguma relação entre os ataques terrorista  de 11/09/2001 que atingiram os EUA e a religião muçulmana? Quais foram os motivos do atentado?
b. Qual a dimensão do ataque terrorista a maior potência política do mundo no centro de seu poder econômico?
c. Quais as consequências imediatas dos ataques?
d. Qual sua opinião acerca da visão preconceituosa sobre o Islamismo associando-o ao terrorismo?
e. O que se entende por islamofobia?
f.  Faça uma pesquisa sobre as associações fundamentalistas na região, como a Al Qaeda e o Taleban.     


Preconceito contra muçulmanos na Europa é alto, diz EU
08 de abril de 2006, Da Reuters, em Chicago - O preconceito contra muçulmanos está perigosamente alto na Europa e pode levar a um círculo vicioso de isolamento e radicalização de jovens imigrantes, disse neste sábado a chefe do organismo da União Européia para racismo.
Os países europeus têm leis suficientes para incentivar a integração, mas elas não são bem implementadas e os problemas reais são evitados, disse Beate Winkler, chefe do Centro Europeu de Monitoração de Racismo e Xenofobia, em encontro com imãs europeus em Viena.
Líderes muçulmanos da Europa que participaram do encontro, organizado pela Áustria como parte de seu turno na presidência da União Européia, apoiaram o objetivo de integrar suas comunidades e o Islamismo à vida européia, mas disseram que precisam de mais tempo e de idéias criativas.
"O nível de discriminação contra comunidades muçulmanas na Europa continua perigosamente alto", disse Winkler na reunião. "Algumas pessoas estereotipam todos os muçulmanos como devotos religiosos e parte de uma visão fundamentalista do Islã."
Segundo ele, isso pode criar um ciclo de discriminação e hostilidade em relação a muçulmanos por parte da maioria européia.
"Os muçulmanos têm um perigoso sentimento de falta de esperança e ausência da comunidade, o que leva à alienação, principalmente entre jovens muçulmanos de ascendência imigratória", disse.
Winkler não deu evidências estatísticas, mas disse que sua agência vai publicar em breve dois relatórios sobre islamofobia na Europa.
O encontro reuniu mais de 100 imãs de toda a Europa para debater meios de melhorar a integração de suas comunidades à vida européia . A comissária de assuntos exteriores da UE, Benita Ferrero-Waldner, disse que eles são capazes de cumprir esta função.
"Este é um momento absolutamente crucial nas relações interculturais e religiosas na Europa", disse ela, lembrando a "nova atenção no chamado choque de civilizações."
"A Europa abriga um número estimado de 20 milhões de muçulmanos", disse, negando que um conflito seja inevitável.
"O Islã é parte da Europa moderna, como é parte de sua história."

NOVAS IDÉIAS
Os oradores concordaram que as atitudes do público em relação ao Islã, que agora é a segunda maior religião na maioria dos países da Europa, piorou desde os ataques de 11 de setembro em Nova York, das bombas em Madri e em Londres e do assassinato do cineasta holandês Theo van Gogh.
Winkler disse que as autoridades européias podem ajudar suas minorias muçulmanas apoiando a construção de mesquitas, fornecendo mais tempo de transmissões religiosas em canais públicos e garantindo educação apropriada para imãs e professores da religião islâmica.
Os muçulmanos europeus precisam ser mais ativos no trabalho contra o extremismo, assassinatos por motivos de honra, casamentos forçados, resolver assuntos sobre as leis de abate de animais sob as leis alimentares islâmicas (halal) e sobre o uso de véus, disse Winkler.
"Tudo isso causa problemas para a maioria das comunidades e está recebendo cobertura da mídia", disse.
O aiatolá Sayed Abbas Ghaemmagami, chefe do Centro Islâmico Imã Ali, de Hamburgo, disse que os imãs europeus lutam com o problema de adaptar a vida islâmica como uma religião minoritária.
"Precisamos de novos pensamentos", disse o clérigo xiita.
"Necessitamos um modelo social que seja justo e realista, e que possa chegar a soluções para os problemas que impedem integração e vida conjunta em paz."
Amir Zaidan, chefe do Instituto de Ensino Religioso Islâmico, de Viena, disse que o Islamismo na Europa precisa de uma "revisão geral de normas e da criação de novos padrões."
"Precisamos deixar de lado toda a antipatia em relação a novos estilos de vida na Europa ocidental para que possamos ver objetivamente se são compatíveis com o Islã", disse.

Disputa presidencial nos EUA expõe preconceito contra muçulmanos

Informação falsa sobre credo de Obama é usada como arma de campanha. Desde a eleição de 1960 a questão religiosa não estava tão presente. 

Estes são tempos desconfortáveis para os norte-americanos muçulmanos, atingidos pelas reverberações de uma campanha presidencial na qual a informação falsa sobre Barack Obama ser muçulmano vem sendo usada como arma por alguns que relacionam o Islã ao terrorismo.

O candidato democrata à Casa Branca, que pode se transformar no primeiro negro a comandar os EUA e cujo nome do meio é Hussein, é cristão. Filho de pai queniano e de mãe norte-americana, Obama passou parte de sua infância na Indonésia, um país majoritariamente islâmico.

A idéia de que o democrata é muçulmano circula na Internet há meses. Alguns a divulgam tentando reforçar a opinião de que Obama não seria o homem certo para ocupar a Casa Branca.

Desde a eleição de John Kennedy em 1960, a primeira vencida por um presidente católico, o credo religioso de um candidato ao cargo não gerava tantas distorções, afirmaram cerca de cem "estudiosos preocupados" e outros que assinaram uma proclamação no dia 7 de outubro para combater a islamofobia que estaria aumentando.

Nas últimas semanas:
- Mais de 20 milhões de cópias em videodisco do filme chamado "Obsession: Radical Islam's War Against the West" (obsessão: a radical guerra do Islã contra o Ocidente) foram adicionadas como suplemento promocional em jornais do país todo, muitos deles de Estados decisivos para o pleito, locais onde Obama e seu adversário, John McCain, disputam palmo a palmo o eleitorado. O filme, distribuído por um grupo particular que não teria relações com o comitê de campanha de McCain, mostra homens-bomba, crianças sendo treinadas para usar armas e uma igreja cristã que teria sido danificada por muçulmanos.

Um candidato a vereador de Irvine (Califórnia), que é um muçulmano convertido, disse ter recebido telefonemas com a seguinte mensagem: "Eu quero cortar sua cabeça fora como merecem todos os muçulmanos", afirmou o jornal "Los Angeles Times".

- Uma mesquita de um subúrbio de Chicago, cidade onde Obama mora, foi vandalizada ao menos quatro vezes nos últimos dois meses. Mensagens de ofensa ao Islã foram pichadas em sua parede exterior, e janelas e portas do local foram quebradas.

- Uma matéria sobre um comício realizado em Ohio para apoiar Sarah Palin (candidata a vice de McCain), matéria essa apresentada pela Al Jazeera e divulgada por meio do site YouTube, mostra uma mulher afirmando: "Ele não é cristão, e esta é uma nação cristã". Uma outra diz ser contrária a Obama por causa "de toda essa coisa muçulmana. Muitas pessoas esqueceram-se do 11/09 (os ataques de 11 de setembro de 2001). Isso é um pouco inquietante."

"É assustador ver, neste momento, o rótulo 'árabe' ou 'muçulmano' ser usado como um insulto", disse Ahmed Rehab, diretor-executivo do escritório em Chicago do Conselho sobre Relações Americano-Islâmicas (C.A.I.R.).

Tem-se a impressão de que os crimes de ódio aumentam quando a islamofobia torna-se mais frequente no discurso da opinião pública, incluindo a que continua a marcar esta campanha presidencial, afirmou Rehab.

O ex-secretário de Estado Colin Powell, um republicano que resolveu declarar no domingo seu apoio a Obama, fez um apelo por tolerância quando se referiu aos boatos sobre o candidato ser muçulmano.

"Há algum problema no fato de alguém ser muçulmano neste país?", perguntou o ex-secretário no programa "Meet the Press", da NBC.

"A resposta é 'não'. Isso não é os EUA. Há alguma coisa de errado se uma criança americano-muçulmana de 7 anos de idade acredita que um dia ele ou ela será o presidente deste país? Ainda assim, ouvi membros importantes do meu próprio partido sugerindo que 'ele é um muçulmano e ele pode estar associado a terroristas'. Não é assim que deveríamos estar agindo nos EUA", afirmou Powell, deixando claro que esse tipo de sentimento não partia de McCain.

Os muçulmanos respondem por menos de 1% da população do país, de 305 milhões de pessoas, segundo o Fórum Pew sobre Religião e Vida Pública. Alguns acreditam que esse número seria na verdade um pouco maior. Cerca de 33% dos habitantes do planeta são cristãos, e 21%, muçulmanos.

*OBS.: Data de Entrega: de 26 a 28/09.

O mundo árabe - O Islamismo - Parte 1

A Arábia Pré-Islâmica A Arábia está localizada numa região desértica, entre o mar Vermelho e o Golfo Pérsico. A maioria de seu território é impróprio para a agricultura; sua população, durante muitos séculos, dedicou-se ao pastoreio.
Do início de seu povoamento até o fim do século VI, a Arábia não possuía um poder político centralizado e se achava dividida em duas regiões distintas:
  • Arábia desértica: nesta região, que corresponde à maioria do território árabe, viviam os beduínos, tribos nômades-pastoris em constante disputa pelos oásis e poços de água; (ARABES DO DESERTO)
  • Arábia feliz: esta região era formada por tribos sedentárias, organizadas sob forma de clãs familiares, que, nas regiões litorâneas da Península 
Arábica, desenvolviam uma economia agrícola e mercantil. Nela surgiram as principais cidades árabes, verdadeiros centros comerciais como Meca e Yatreb. Pontos de passagem de caravanas que ligavam o Oriente ao norte da África, nessas cidades, sobretudo em Meca, surgiu uma aristocracia mercantil, formada por famílias que dominavam o comércio. Em Meca, esse papel era desempenhado pela tribo coraixita. (ARABES URBANOS) A religião da Arábia pré-islâmica também favorecia a importância da cidade de Meca. Os árabes, antes de Maomé, seguiam o politeísmo idólatra, isto é, cada tribo cultuava seus ancestrais sob forma de ídolos (imagens) que se achavam conservados na Caaba (templo) de Meca. O deus principal era Alá, simbolizado pela “pedra negra”, que, segundo eles, havia sido enviada dos céus.
Anualmente, milhares de peregrinos, oriundos de todas as regiões da Península Arábica, deslocavam-se em direção à Meca, dinamizando ainda mais o comércio e gerando uma riqueza considerável para os mercadores da cidade.
A Unificação Política Maomé (570 - 632) 
Nasceu em Meca, membro de uma família pobre da tribo coraixita, e foi responsável pelo surgimento de uma nova religião, o islamismo, que garantiu a unidade política à Arábia.
Órfão muito cedo, Maomé foi criado por um avô e um tio. Até os 20 anos foi pastor, quando, então, empregou-se na caravana de uma rica viúva chamada Kadidja, com quem veio a se casar mais tarde e de quem teve uma filha. Atuando como caravaneiro, tomou contato com as duas religiões monoteístas da época: o judaísmo e o cristianismo, das quais extraiu elementos para fundar uma nova religião monoteísta.
Após um isolamento no deserto, voltou à Meca, onde, afirmando ter recebido mensagens de Deus, através do Arcanjo Gabriel, tentou divulgar sua doutrina. Dizia-se instrumento de Deus, enviado aos árabes para ensinar- lhes o caminho da salvação.
Sua doutrina condenava o politeísmo idólatra, fonte de disputas entre os árabes, e defendia o monoteísmo fundado na submissão a Alá e na leitura rigorosa do Corão, livro sagrado dos muçulmanos.
Ao divulgar sua doutrina, Maomé chocou-se com os interesses econômicos dos coraixitas de Meca que temiam que a nova religião diminuísse as peregrinações à Caaba, prejudicando assim seus negócios. Maomé foi perseguido e expulso de Meca em 622 (início do calendário islâmico), dirigindo-se para a cidade de Yatreb, episódio conhecido como Hégira.
A cidade de Yatreb, depois Medina (“a cidade do profeta”), recebeu Maomé e seus seguidores, aderindo à religião islâmica e divulgando-a entre os beduínos do deserto. Em pouco tempo, Maomé conquistou uma legião de adeptos que, em 630, se dirigiu e conquistou Meca. Conseguiu, dessa forma, impor uma única religião aos árabes, elemento determinante para a unificação política da região; Maomé, além de chefe religioso, passou a ser o chefe político dos árabes. Em 632, o profeta Maomé morreu e foi sucedido pelos Califas (seguidores do profeta).
A Expansão do Islamismo
No final do século VII, a população árabe viveu um intenso crescimento demográfico que gerou a necessidade de novas terras. Um elemento da religião fundada por Maomé serviu de justificativa para a expansão territorial verificada no século seguinte. Segundo os preceitos islâmicos, todo seguidor de Maomé deve ser um soldado encarregado de levar a fé a todos os “infiéis”(djihad = Guerra Santa). Tal motivação levou os árabes, comandados pelos califas, à expansão por vastas áreas do Mediterrâneo.
A expansão muçulmana ampliou os domínios árabes em direção ao mar Mediterrâneo e só foi contida na Europa por Carlos Martel, do reino Franco, em 732, na batalha de Poitiers.
Durante quase mil anos, os árabes-muçulmanos controlaram a navegação e o comércio no Mediterrâneo, bloqueando o acesso dos europeus ao comércio com o Oriente.
A partir de meados do século VIII, o Império Islâmico começou a dar os primeiros sinais de decadência. Inicialmente porque a dinastia Omíada, responsável pelo apogeu expansionista, foi substituída pela dinastia dos Abássidas que, disputando o poder político, acabou por promover a fragmentação do Império em Califados independentes. Por outro lado, a resistência ibérica à dominação islâmica sobre a região (Guerra de Reconquista) e o movimento das Cruzadas, iniciado no século X pelos cristãos, também contribuíram para o enfraquecimento do Império. Finalmente, os turcos- otomanos convertidos ao islamismo entraram em choque com os árabes pelo domínio do Mediterrâneo.
A Cultura Islâmica
  • A cultura islâmica assimilou elementos de diversas culturas, reelaborando-os e enriquecendo-os com contribuições originais. Assim, dentre as principais realizações culturais dos árabes, podemos destacar:
  • Ciências: campo em que os muçulmanos mais se desenvolveram; na matemática aprimoraram a Álgebra e a Geometria; dedicaram-se também à Astronomia e à Química (alquimia);
  • Medicina: grande foi a importância de Avicena que, entre várias descobertas, diagnosticou a varíola e o sarampo e descobriu a natureza contagiosa da tuberculose;
  • Artes Plásticas: a pintura e a escultura não contaram com grande desenvolvimento pela proibição de se representar formas vivas; a arquitetura sofreu influência bizantina e persa, utilizando em profusão cúpulas, minaretes e arcos ogivais;
  • No campo da matemática, deixaram de legado cultural para o ocidente, o sistema numérico.(1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9).
  • Literatura: contamos com vasta produção, com destaque para a coletânea As mil e uma noites e o poema Rubaiyat, de Omar Khayam.
Nunca é demais enfatizar que o grande legado da civilização islâmica para o mundo foi a religião fundada por Maomé e que conta com milhões de adeptos. 

Fonte:  http://www.algosobre.com.br/historia/mundo-arabe-o.html

O mundo árabe - O Islamismo - Parte 2

Uma verdadeira aula sobre o Islamismo. Vale a pena conferir. Bons estudos.
Abrir link: http://www.mundoislamico.com/islamismo.htm

Contribuição científica da China e da Índia; o mundo árabe-islâmico
 

 


quarta-feira, 7 de setembro de 2011

Novas imagens desmentem teorias que dizem que o homem nunca pisou na Lua

Uma nova imagem do solo lunar mostra o local do pouso das missões da agência espacial Nasa até o local. É possível ver as pegadas dos astronautas e o rastro deixado pelo veículo lunar. No vácuo do espaço, o equipamento deixado lá está intacto até hoje.
http://noticias.uol.com.br/bbc/2011/09/07/novas-imagens-desmentem-teorias-que-dizem-que-o-homem-nunca-pisou-na-lua.jhtm
Novas imagens desmentem teorias de que homem nunca pisou na Lua

Com a vitória na corrida espacial, a Nasa abandonou a missão Apollo, e desde 1972 nunca mais voltou à Lua. A agência espacial americana cortou o seu programa de ônibus espaciais, mas afirma que agora quer voltar ao solo lunar. Muitos duvidam, no entanto, que o governo americano tenha dinheiro e vontade para concretizar o projeto.
Por ora, as imagens servem pelo menos para dispersar teorias que dizem que o homem nunca chegou à Lua e que as imagens famosas de 1969 foram filmadas em um estúdio em Hollywood.

segunda-feira, 5 de setembro de 2011

Hiroshima lembra 66º aniversário de bomba atômica à sombra de Fukushima


Hiroshima lembrou na última sexta-feira (05/08) os 66 anos do lançamento da bomba atômica sobre a cidade, em um aniversário marcado pela crise na central de Fukushima, com uma chamada ao desarmamento e à revisão da política nuclear do Japão.

Às 8h15 hora local (20h15 do horário de Brasília da sexta-feira), um minuto de silêncio e várias badaladas lembraram o momento em que a primeira bomba atômica caiu sobre a cidade, três dias antes de uma segunda bomba ser lançada sobre Nagasaki.

Calcula-se que no fim de 1945 cerca de 140 mil pessoas morreram em Hiroshima e cerca de 74 mil em Nagasaki após o ataque nuclear, que levou à rendição do Japão em 15 de agosto desse ano e ao fim da Segunda Guerra Mundial.

A cerimônia contou com cerca de 53 mil pessoas, incluindo representantes de 66 países. Entre eles os Estados Unidos, que participaram pelo segundo ano consecutivo. O prefeito de Hiroshima, Kazumi Matsui, citou testemunhos de sobreviventes da bomba, os quais, segundo ele, conseguiram com ajuda de outros reconstruir a cidade e hoje continuam buscando a paz "em um mundo sem armas nucleares".

Matsui, filho de um sobrevivente do bombardeio, expressou a necessidade que o mundo aprenda com eles e que passem adiante estas doutrinas às gerações futuras.

Por ocasião da crise nuclear em Fukushima, o prefeito disse que o Governo japonês deveria revisar urgentemente suas políticas energéticas e estabelecer medidas concretas para "recuperar a confiança das pessoas".

Por sua vez, o primeiro-ministro, Naoto Kan, se comprometeu em seu discurso a seguir trabalhando para a abolição das armas nucleares e para reduzir a dependência do Japão da energia nuclear depois da crise em Fukushima pelo terremoto e tsunami de 11 de março.

Kan assegurou que o Japão, além de seguir tentando liderar os debates globais para conseguir o desarmamento e a não-proliferação de armas nucleares, tratará de criar uma "sociedade que não dependa da geração de energia nuclear".

Trata-se da primeira ocasião na qual a declaração da paz que Hiroshima faz anualmente, normalmente centrada na eliminação das armas atômicas, se refere à questão da energia nuclear desde o acidente de Chernobyl, em 1986.

A cerimônia foi realizada no Parque Memorial da Paz de Hiroshima, onde está a famosa cúpula que ficou de pé após a tragédia e se preservou como símbolo da devastação causada pela bomba.

Ali se prestaram homenagens às vítimas da bomba, ao tempo que também serviu de ponto de encontro para ativistas antinucleares que reivindicavam o fechamento das centrais de energia atômica.

Ruínas de escola de gladiadores são encontradas na Áustria

Arqueólogos anunciaram nesta segunda-feira a descoberta na Áustria de uma escola de treinamento de gladiadores que se encontra em bom estado de conservação.
As ruínas se encontram enterradas debaixo do local conhecido como parque arqueológico de Carnuntum, a aproximadamente 45 km a leste de Viena. Esse complexo foi uma cidade no passado, onde viveram 50 mil pessoas, cerca de 1.700 anos atrás.
Carnuntum tem sido escavado desde 1870, mas somente 1% da cidade é conhecida. A localização da escola de gladiadores só se tornou possível com o uso de radares, que indicaram uma área branca abaixo do solo.



Segundo os descobridores, o local se equipara a Ludus Magnus, que foi a maior escola de treinamento de gladiadores romanos.
As escavações ainda não têm data para começarem, já que os especialistas querem conservar o máximo possível da estrutura antiga e, para isso, precisam de um plano detalhado de trabalho.
Uma escola de gladiadores era uma mistura de quartel e prisão onde prisioneiros de guerra, escravos e criminosos convictos formavam grupos de lutadores, explicou em um comunicado a Roemisch-Germanisches Zentralmuseum, uma das instituições que participa das escavações.
"Se eles fossem bem-sucedidos, tinham a chance de obter uma condição de 'superstar', o que poderia levar à liberdade deles", comentou o diretor de Carnuntum, Franz Humer.
A escola contém cerca de 40 celas estreitas, que eram usadas como dormitório pelos lutadores; uma área de banho; um local de treino e prédios administrativos.
Há ainda um pequeno estádio rodeado por cadeiras de madeira e uma espécie de ala para o treinador-chefe dos gladiadores.
Os radares também indicam que o lugar possui um cemitério, provavelmente para os que foram mortos durante os treinamentos.